A almejada sequência de É Assim que Acaba que finalmente chegou às mãos dos apaixonados por Lily Bloom! E se você é um dos fãs que ainda não a leu, aposto que mal pode esperar para pôr as mãos na história de Lily e Atlas. Afinal uma coisa é certa: depois das dores e traumas sofridos por Lily ao decorrer do primeiro livro, o que mais desejamos é que ela seja feliz. E para a nossa felicidade, Colleen Hoover também chegou a essa conclusão. Naturalmente, após o estrondoso sucesso de É Assim que Acaba, a expectativa para a sua sequência estava nas alturas. No entanto, a autora conseguiu atender a essa expectativa! Anteriormente na história de Lily nos foi mostrado a sua jornada num relacionamento tóxico e sua luta para sair dele. Conhecemos a dura infância da protagonista, em que presenciava constantes episódios de violência doméstica entre seus pais. Isso contribuiu ainda mais para o choque quando ela se viu dentro do mesmo cenário. Após toda a angústia e sofrimento de vivenciar a realidade de um relacionamento abusivo, Lily descobre uma essencial rede de apoio, que finalmente lhe dá forças para se livrar de Ryle… em partes. Afinal, agora ela tem que compartilhar a guarda de sua bebê com ele. Felizmente, o livro anterior termina nos dando um vislumbre de esperança para a vida amorosa de Lily: seu primeiro amor, Atlas. Para quem não o conhece Atlas Corrigan, é um personagem por quem qualquer um se apaixonaria. Primeiro amor de Lily, ele a conheceu quando ambos tinham cerca de 16 anos, na fase mais difícil de sua vida, pois havia sido expulso de casa por sua mãe, sem nenhuma justificativa além de “seu padrasto não te quer mais aqui”. Sem nenhum parente a quem recorrer, Atlas se viu sem esperanças. Ele começa a viver em uma casa abandonada, que sabemos ser em frente a casa de Lily. Sem dinheiro para nenhuma necessidade básica, como comida e higiene, ela provia o possível para ele, além de, é claro, sua amizade, que aos poucos se transformou num romance. Atlas desde sua infância até a fase adulta nutria eterna gratidão pela importância de Lily em sua vida, não apenas por mantê-lo vivo e bem, mas por ter mostrado a ele o amor, que nem mesmo sua mãe o havia apresentado. Atlas sempre teve esperanças de que Lily um dia voltaria para ele, quando ele finalmente pudesse dar a vida que ela merecia. É Assim Que Começa continua exatamente de onde o último livro terminou – a partir do esperado reencontro de Lily e Atlas. O livro muda o ponto de vista a cada capítulo, alternando entre os dois protagonistas, o que nos permite acompanhar de perto os sentimentos, conflitos e inseguranças de cada um. Após a breve conversa durante o breve encontro, Atlas espera ansiosamente por uma mensagem de Lily, checando o celular a cada cinco minutos. No entanto, por mais feliz que Lily estivesse com a perspectiva de recolocar Atlas em sua vida, isso a assustava, e muito. Ela se lembrava muito bem da ira que Ryle nutria por Atlas, não sendo à toa que a maioria de suas discussões (e agressões) eram desencadeadas por esse ciúme irracional. Lily duvidava que seria capaz de viver harmoniosamente com qualquer homem pelos próximos 18 anos, pois mesmo após o divórcio e todas as negociações jurídicas, Ryle ainda guardava esperanças de que Lily o aceitaria de volta. Começar a sair com Atlas desencadearia uma catástrofe para Ryle, e Lily temia que para ela também. Lily se esforçava para manter um relacionamento agradável entre ela e Ryle, para o bem de Emerson, sua filha. Ela tentava abafar toda a sua preocupação o máximo que podia, mas ainda assim se recusava a deixar Emerson passar uma noite inteira com Ryle, pelo menos não enquanto ela não aprendesse a falar, para lhe dizer se algo havia acontecido. O acordo era que ele teria Emerson por dois dias por semana. É Assim Que Começa tem a sua beleza e a sua forma de nos conquistar. Não deixando de fora o romance e a felicidade de Lily que todos nós precisávamos ler, a autora aborda ainda as dificuldades após a saída de um relacionamento abusivo. Uma das partes mais marcantes é quando Lily percebe que já não sentia mais nada por Ryle, logo não enxergava mais a parte boa dele. Como se houvesse arrancado o cobertor é finalmente revelada a parte feia e assombrosa, que era tudo que ela enxergava. E a autora nos mostra mais uma vez o quanto uma rede de apoio é fundamental para a vítima. “Em uma história permeada de tensão com lampejos de esperança, Hoover captura perfeitamente as dores de um coração partido e a felicidade de começar de novo.” - Kirkus Review".